C O R P O M O V I M E N T O | C O R P U S M O T U S
Cada movimento do nosso corpo apresenta uma ação muito própria, tal como a ideia que o autor pretende transmitir em cada uma das suas peças. O movimento está presente desde a conceção humana, até ao momento em que o próprio coração deixa de se mover.
Corpus meum III (2020)
Tinta acrílica sobre papel craft (181 x 50 cm) O autor utiliza o seu corpo de forma completa. Aqui, serve-se de duas cores, o branco nas mãos e o azul nos pés. Apos a ação de caminhar e rastejar, tudo se mistura num movimento uno. Cabe também dizer, que o suporte é a medida real do seu corpo |
C O R P O D O R | C O R P U S D O L O R E M
A primeira vez que sentimos dor é no momento em que saímos do útero da nossa mão. São inúmeras as vezes que, durante a vida, a voltamos a sentir. No entanto para quase toda a dor, existe também uma cura.
C O R P O V O L U M E | C O R P U S V O L U M I N E
Não existe nada à face da Terra que não tenha volume. Até o mais pequeno átomo que existe ocupa espaço, por mais ínfimo que seja. O nosso corpo não é exceção. Cada tronco, cada corpo, cada pessoa, ocupa também uma quantidade significativa de volume no nosso mundo, tanto bidimensional como tridimensional.
Corpus meum XXVI (2021) em execução
Grés e ferro zincado (63x185x4 cm) Também esta obra se trata de um pegada corporal, desta vez de forma traseira, com o suporte divido em doze partes (lastras 30x30 cm), unidas por arames em ferro zincado, mostrando, assim, a violência, bem como a dor, de um corpo desunido. |
C O R P O P A R T I D O | C O R P U S F R A C T U M
Cada objeto, cada animal, cada pessoa, poderia ser partido ou dividido em partes. Mas será que a parte continua a ser o todo? Claro que sim. O braço de uma pessoa, mesmo que separado ou sozinho, a ela continua a pertencer. Pode então falar-se da parte como um todo.
Corpus meum XVIII (2020-2021)
vidro pintado, arame de ferro zincado (72 x 21 x 4 cm) Peça realizada em pintura de vidro a negro. Utilização de um módulo-padrão mais ergonómico que se encontra na natureza – o hexágono – pintado através do corpo do autor. O módulo-padrão dialoga com os encaixes, havendo uma discrepância entre o natural e o artificial, e o delicado e o grosseiro. A peça partiu do ombro esquerdo do autor. |
Corpus meum XI (2020)
tinta à base de água sobre tecido de pano cru e diversos papeis (engenharia, aguarela; cavalinho estrangeiro; papel esquiço envelhecido) (29,5 x 21) x2; (42 x 29,5 cm); (25 x 18,5 cm); (29,5 x 21,5 cm) Conjunto de 5 pouchoirs realizados a partir de uma fotografia do olho do autor. Realizado em diversos suportes e com técnicas de aplicação diferentes (dedo; engraxador; pincel). |