Pré-Projeto
Tema e Título:
"A.IV"
S.A.A.
(Sociedade de Ações Aventurosas)
“A.IV”
Este projeto, a mais recente edição dum trabalho ongoing (S.A.A.), explora questões de um entendimento coletivo daquilo que é a aventura bem como do meu entendimento pessoal deste conceito, quer na génesis da sua incubação na minha experiência pessoal, dentro da minha infância, quer numa perspetiva do agora, mais maturada e autoconsciente desta ideia de aventura.
Mas também com um vínculo muito forte com um fazer direto, uma praxis de campo, um enveredar na própria aventura.
S.A.A. e “A.IV”, a sociedade e a ação, o projeto e a sua próxima exposição, a casa mãe e as suas manifestações.
Sinopse:
Tendo este projeto, na sua genesis sido pensado e construído já com um caracter ongoing e de continuidade em mente, o trabalho “A.IV” (título da obra, ele próprio referente à ação que representa, Ação 4 – A.IV) esta é uma nova manifestação deste projeto dentro dos moldes previamente estabelecidos.
Contudo estas diretivas não são de todo normativas mas sim um fio condutor, elementos, ideias e modos transversais. Sendo a sociedade a grande ancora entre todas a manifestações (passadas, presentes e futuras) deste projeto.
A sociedade entra neste projeto como a outra face da moeda da experiência expositiva. Identificada a limitação do expectador, este só experiencia o registo da ação – como que de pós performance se trata-se – a sociedade através do que representa, uma coletividade de indivíduos guiados pelo autor, vem acrescentar outra dimensão ao trabalho, a da cooperação e partilha ou até aprofundar a mais importante – o que conta é a ação, o processo não tanto o resultado, a negação dum fim, um ómega negado.
Desenvolvimento:
Cume e Conquista
Minas dos carris - antiga aldeia mineira de exploração de volfrâmio, com particular atividade durante a 2ª Guerra Mundial, dela já só restam ruínas a cerca de 1400 metros de altitude na serra do geres. Foi neste palco que se viu desenrolar aventura. Foram inúmeras as vezes que lá subi apenas pela subida, pela aventura. Já vejo este local como fórum, fórum da aventura. Um checkpoint no desenrolar de grandes ações. Tendo este importante valor na minha memória era portanto incontornável o trabalho neste espaço.
Contudo não era suficiente apenas mais uma subida à Mina dos Carris. Era necessário uma ação de raiz, uma verdadeira aventura. Não muito longe desta zona encontra-se o Pico da Nevosa, o ponto mais alto do Geres.
Operando dentro da dialética/gramatica estabelecida, a da aventura, decidi trabalhar em torno de uma ideia que na minha opinião é altamente eficaz na sua leitura e totalmente dentro da linguagem estabelecida que gira em torno da ideia de aventura. O hastear de bandeira em sinal de conquista, aqui sem teor político mas uma forte relação social. A bandeira representa-nos, ao meu trabalho, a mim enquanto autor, aos colaboradores, ao nosso esforço e conquista coletiva, a nós.
Se a subida ao Evereste seria o expoente máximo deste trabalho então o Geres é o meu Evereste, a minha conquista dentro da minha economia operativa.
Há também uma grande porção do trabalho ligada a um fantasiar, o fantástico da ação e da aventura. Não se trata de encenação, até porque todo o esforço foi real mas a essa realidade presta-se adoração e glorificação. Patente nos registos, na fotografia de grupo, na fotografia do hastear da bandeira, na qualidade plástica das próprias fotografias, no grafismo da bandeira. Não é apenas fazer o que foi feito, é também adorar o que se fez.
Entrega do corpo
Há um amor tanto e uma devoção total do corpo.
A ação exige o esforço e esforça o corpo. Ela desenrola-se com um constante risco. O dia curto e fresco exige a constante caminhada, pesada pelos objetos da sobrevivência, exige a total capacidade de orientação numa paisagem abstrata que ilude e cega a passagem. E as noites são geladas, das quais apenas poucas horas de sono se consegue retirar. Isto tudo para alcançar o cume mas mais ainda isto tudo por isto tudo. Embora o cume seja o objetivo, à chegada do mesmo faria o triplo do caminho por tudo voltar a passar e sentir.
Contudo não era suficiente apenas mais uma subida à Mina dos Carris. Era necessário uma ação de raiz, uma verdadeira aventura. Não muito longe desta zona encontra-se o Pico da Nevosa, o ponto mais alto do Geres.
Operando dentro da dialética/gramatica estabelecida, a da aventura, decidi trabalhar em torno de uma ideia que na minha opinião é altamente eficaz na sua leitura e totalmente dentro da linguagem estabelecida que gira em torno da ideia de aventura. O hastear de bandeira em sinal de conquista, aqui sem teor político mas uma forte relação social. A bandeira representa-nos, ao meu trabalho, a mim enquanto autor, aos colaboradores, ao nosso esforço e conquista coletiva, a nós.
Se a subida ao Evereste seria o expoente máximo deste trabalho então o Geres é o meu Evereste, a minha conquista dentro da minha economia operativa.
Há também uma grande porção do trabalho ligada a um fantasiar, o fantástico da ação e da aventura. Não se trata de encenação, até porque todo o esforço foi real mas a essa realidade presta-se adoração e glorificação. Patente nos registos, na fotografia de grupo, na fotografia do hastear da bandeira, na qualidade plástica das próprias fotografias, no grafismo da bandeira. Não é apenas fazer o que foi feito, é também adorar o que se fez.
Entrega do corpo
Há um amor tanto e uma devoção total do corpo.
A ação exige o esforço e esforça o corpo. Ela desenrola-se com um constante risco. O dia curto e fresco exige a constante caminhada, pesada pelos objetos da sobrevivência, exige a total capacidade de orientação numa paisagem abstrata que ilude e cega a passagem. E as noites são geladas, das quais apenas poucas horas de sono se consegue retirar. Isto tudo para alcançar o cume mas mais ainda isto tudo por isto tudo. Embora o cume seja o objetivo, à chegada do mesmo faria o triplo do caminho por tudo voltar a passar e sentir.
Colaboradores:
- Álvaro Jesus
- Leonor Talefe
- Rafaela Lima
Referências
- Bas Jan Ader - Ocen Wave
- Dick Forsbury - Fosbury Flop