Palavras chave: espaço do comum, corpo politico, sonoplastia, ação. Referencias: Hannah Arendt: Condição humana, Spaces Of Commoning Artistas: João Bento em Diário Sonoro (2014), Joao Ricardo Oliveira Lixoluxopoetico, Projeto Pé na Viela (CiA de teatro Pé no Canto), Thomas Hirschhorn, E. M. de Melo e Castro, Anne Mie Van Kercthoven em Work/Travail/Arbeid.
O domínio do som proporciona-me curiosidade e entusiasmo na sua totalidade. As minhas inquietações partem daqui: como cativar as pessoas de uma maneira não palpável, embora palpável. Cria ambientes, acompanhado, ou não, por outros objetos de representação, onde o sistema sensorial é ativado. A sua vertente acústica ou de raiz electrónica joga sob esta percepção em que o publico esta pre-disposto. O som/voz/audio existe no espectro da comunicação, na passagem da mensagem da qual é direta ou não, mais concreta ou mais abstrata. Esta questão traz duvidas de quem é o espectador neste lugar, se pertence à peça ou se só assiste. Um concerto é um evento musical, mas como transportar o som que tem características musicais para o mundo das artes plásticas? Como e onde posso combinar estes dois mundos? Pretendo sempre ter uma abordagem pública perante aqueles que participam, levo às pessoas este aspeto que é comum a todos: a musica. Como ela interfere nas nossas vidas, no dia a dia. Esta quebra de condicionamentos, normaliza e busca uma procura de libertação da musica como algo restringido a alguns. Surge uma ideia de manipulação por minha parte, de preparação de um determinado(s) dispositivo(s) que é explorado e manuseado pelo espectador. Estes deslocamentos de introspecção e a expansão sonora desenrolam-se num inconsciente colectivo que se provoca nas pessoas.
Esta linguagem musical também invoca as questões do corpo como mediador do que é ser produzido, ou mesmo que se toque sozinho. O seu processo de construção tem uma relação ergonómica com a interferência humana exercida. O tema do espaço do comum será questionado quando um corpo existe perante um grupo de pessoas, mas mais “elevado” (corpo sobre andas) e/ou o único a provocar certos sons e ruídos. Como introduzir uma performance a alguém? Sou eu que a levo ao público, ou o público vem até a mim? Qual a mensagem sobre esta temática (som e corpo) que introduzo às pessoas? Os temas a abordar, serão sempre políticos? A própria ação (na medida em que existe entre os homens como uma atividade que se exerce directamente sem a mediação das coisas ou da matéria) envolve os homens na condição humana da pluralidade e todos os aspectos nela têm alguma relação com a política.
Esta linguagem musical também invoca as questões do corpo como mediador do que é ser produzido, ou mesmo que se toque sozinho. O seu processo de construção tem uma relação ergonómica com a interferência humana exercida. O tema do espaço do comum será questionado quando um corpo existe perante um grupo de pessoas, mas mais “elevado” (corpo sobre andas) e/ou o único a provocar certos sons e ruídos. Como introduzir uma performance a alguém? Sou eu que a levo ao público, ou o público vem até a mim? Qual a mensagem sobre esta temática (som e corpo) que introduzo às pessoas? Os temas a abordar, serão sempre políticos? A própria ação (na medida em que existe entre os homens como uma atividade que se exerce directamente sem a mediação das coisas ou da matéria) envolve os homens na condição humana da pluralidade e todos os aspectos nela têm alguma relação com a política.